O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a atacar o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta sexta-feira (5). Em entrevista na Casa Branca, o republicano disse que a guinada política do Brasil “radicalmente para a esquerda” motivou a imposição de tarifas e outras sanções econômicas.
“Estamos muito chateados com o Brasil. Nós os tarifamos muito alto por causa do fato de que eles estão fazendo algo muito infeliz. Eu amo o povo do Brasil. Temos um ótimo relacionamento com o povo do Brasil”, afirmou Trump.
Segundo ele, a mudança de alinhamento do país tem prejudicado a imagem internacional do Brasil. “O governo do Brasil mudou radicalmente. Foi muito para a esquerda, foi radicalmente para a esquerda, e isso está prejudicando muito o Brasil. Eles estão indo muito mal”, disse.
Sanções aplicadas
O governo americano anunciou duas medidas principais contra o Brasil:
Tarifaço de 50% nas exportações brasileiras;
Aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Trump justificou as sanções afirmando que o Brasil estaria perseguindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu em processo no STF por tentativa de golpe de Estado.
Reação do governo Lula
Para conter os efeitos das medidas, Lula editou, na última terça-feira (2), uma Medida Provisória (MP) que abre crédito de R$ 30 bilhões para empresas afetadas pelo tarifaço.
O incentivo de crédito vale para:
Pessoas físicas que exportam bens para os EUA;
Empresas individuais;
Microempreendedores individuais (MEI);
Produtores rurais com CNPJ.
A MP terá validade de 180 dias.
Plano Brasil Soberano
Além da MP, o governo também lançou o programa Brasil Soberano, que destina mais R$ 30 bilhões do Fundo Garantidor de Exportações (FGE) para uma nova linha de crédito. O plano altera regras do seguro de crédito à exportação e prorroga a suspensão de tributos para exportadores.
Foto: The White House / Reprodução Youtube