No seu primeiro mandato como deputado estadual e já ensaiando uma candidatura a deputado federal em 2026, o empresário do ramo de transportes Raimundinho da Jr (PL) tem uma nova meta na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA): a reativação da Comissão de Divisão Territorial e Emancipação.
Nessa entrevista, o deputado explica a importância da Comissão e como ele será fundamental para conciliar a demarcação sobre os limites territoriais de municípios importantes da Região Metropolitana de Salvador. Para isso, ele pretende reunir uma força-tarefa que irá contar com o apoio dos governos federal e estadual, além de deputados e senadores baianos. Confira:
Deputado, o senhor vem tentando reativar a Comissão de Divisão Territorial na Assembleia. Qual a importância dessa pauta para o seu mandato e para Bahia?
Olha, veja bem, nós tivemos acesso a 25 assinaturas, dentre elas, até a presidente da Casa, Ivana Bastos (PSD), já assinou. Já tivemos com o líder da minoria, Tiago Correia (PSDB), ele também se comprometeu em nos ajudar. Nosso objetivo é abrir essa pauta tão importante nesta Casa, que foi deixada de lado. A gente precisa reaver os municípios que não foram contemplados porque estão sofrendo com falta dos investimentos, falta de estrutura. A gente tem, por exemplo, as cidades de Dias D’ávila e Camaçari. Pegou toda a maior parte territorial e ficou para o município de Camaçari. Em Dias D’ávila, hoje, nós só temos direito à poluição do Polo Petroquímico, então a cidade de Dias D’ávila, eu cito o nome de Dias D’ávila porque moro lá, e eu vejo a dificuldade que acontece.
O senhor já sentou ou pretende agendar alguma reunião com o prefeito de Camaçari, Luiz Caetano (PT), para discutir o assunto?
Tem que chamar o prefeito Caetano, nós temos que chamar o governo, chamar os deputados que têm interesse também. A gente sabe que não é fácil, é um desafio grande, mas temos que lutar por igualdade. Quem tiver com algo que esteja feito de forma equivocada, vamos colocar de acordo, porque nós não podemos ficar um com tanto e outro sem nada.
No caso seria reorganizar o limite territorial entre Dias D’ávila e Camaçari. Porque, por exemplo, existiu durante muito tempo essa discussão em relação a Salvador e Lauro de Freitas.
Continua ainda. Cipó, Mata de São João, Pojuca, Catu. Tem diversas cidades, têm mais de 40 cidades no estado da Bahia que passam por essa situação. Então, eu acho que eu vejo que o momento é da união. A gente tem que ter aquele primo rico ‘ajude aquele menos favorecido’. E a gente tem isso em diversas situações que nada mais justo de devolver de quem é de direito.
No caso, Camaçari pegou parte do território de Dias D’ávila. Seria isso?
E hoje Dias D’ávila está numa situação complicadíssima por motivo de que a única indústria que tinha em Dias D’ávila, que era a Paranapanema, antiga Caraíba Metais, fechou e a gente não tem nada a mais dizer assim, uma empresa com porte grande que venha trazer recursos para o município.
O senhor tem interesse em ser o presidente ou vice desta Comissão?
Tenho sim, tenho vontade, vou lutar, vou buscar também o senador Angelo Coronel (PSD), que foi também uma pessoa que ajudou muito nessa situação [quando era deputado estadual]. Buscar os deputados federais, buscar convocar os prefeitos das cidades que hoje estão nessa situação para a gente chamar, trazer aqui e fazer um debate. A democracia é para isso! Chamar o governo do Estado, montar uma bancada para ir até os prefeitos, para nós irmos juntos ao governo do Estado, ao governo federal, se preciso for, aos senadores, que a gente tem que olhar para, de fato, de direito, devolver a quem é dono.
Foto: Política em Off
