Após morte de gari, Suíca critica desigualdade no tratamento policial no país

Após morte de gari, Suíca critica desigualdade no tratamento policial no país

Ativista da causa racial e social, o ex-vereador de Salvador Luiz Carlos Suíca (PT) repercutiu uma abordagem policial cujas imagens viralizaram nas redes sociais esta semana. O caso mostra o empresário René da Silva Nogueira Junior, de 47 anos, sendo conduzido à prisão sem algemas e com o rosto parcialmente coberto. O homem é suspeito de assassinar o gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, em Belo Horizonte, na última segunda-feira (11).

Dirigente do Sindilimp-BA (Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Limpeza Urbana e Terceirizada da Bahia), Suíca chamou atenção para a desigualdade no tratamento policial e o crescimento da violência no país. Segundo ele, para muitos, a imagem simboliza o contraste na aplicação da lei entre ricos e pobres.

O caso ganhou mais repercussão após vir à tona que a arma usada no crime pertencia à esposa do suspeito, que é delegada da Polícia Civil. Durante a abordagem, o empresário negou envolvimento no crime, mas o fato envolvendo a arma aumentou ainda mais os questionamentos sobre possível favorecimento e sobre até que ponto o poder econômico pode influenciar a forma como a justiça é aplicada.

Luiz Carlos Suíca ainda destacou que o fato traz a necessidade de reflexão sobre a igualdade no tratamento de pessoas diante da lei, independentemente de sua origem social ou profissão.

O ex-vereador também cobrou a prisão da delegada de Polícia Civil, que seria proprietária da arma que matou o gari em Minas Gerais. “Se a arma é dela, ela precisa explicar porque estava com o marido. É uma servidora pública. Tem responsabilidade e deve ser presa também”, completou Suíca.

Foto: Divulgação/Arquivo 

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